São Pedro
São Pedro também chamado Simão Pedro ou Cephas (a rocha) foi o primeiro Papa, foi o príncipe dos apóstolos e o fundador, junto com São Paulo da Santa Sé de Roma. Pedro era um nativo de Bethsaida, perto do lago Tiberias, era filho de João e trabalhava, como o seu irmão Santo André, como pescador no Lago Genesareth. André ( primeiro discípulo de Jesus) introduziu Pedro a Jesus e Jesus chamou Pedro para se tornar um de seus discípulos (Mt4:18-20 ;Mc1:16-18;Lc5:1-11 e Jo1:40-42).Em Lucas é recontada a história de que Pedro, capturando imensa quantidade de peixes, ajoelhou-se diante de Jesus e o Senhor lhe disse: "Não tenhas medo por que de agora em diante serás pescador de homens" (5:10). Jesus também deu a Simão um novo nome, Cephas ou Rocha ( daí Pedro, do grego Petros ou pedra). Tornando-se um discípulo de Jesus, Pedro o reconheceu com o "Messias, filho do Deus vivo e Jesus respondeu dizendo"......e tu és Pedro e sobre esta pedra (ou rocha–em grego) Eu construirei a minha igreja e te darei as chaves do reino do céu. Tudo que juntares na terra ficará juntado no céu; e tudo que deixares solto na terra ficará solto no céu."
Pedro sempre foi mencionado como o primeiro dos apóstolos em todas as passagens do Novo Testamento e um membro do circulo interno de Jesus com Tiago e João. Ele é mencionado, mais do que qualquer outro discípulo, e estava ao lado de Jesus na Transfiguração (Mt17;1-8) na cura da filha de Jairus, na agonia do Jardim das Oliveiras. Ele ajudou a organizar a Ultima Ceia e teve um papel relevante na Paixão. Quando o Mestre foi preso ele cortou com espada a orelha direita do escravo do Sumo Sacerdote Malchus.
Ele negou a Jesus três vezes, como havia predito Jesus, (Mt26:7.5) e depois chorou amargamente. Após a ressurreição, Pedro foi a tumba com outro discípulo (provavelmente João) logo após ter sido informado por uma das mulheres. A primeira aparição do Cristo Ressuscitado foi perante Pedro antes dos outros discípulos e quando o Senhor apareceu diante dos discípulos em Tiverias, deu a Pedro o famoso comando: " alimente meu rebanho ....cuide do meu rebanho....alimente o meu rebanho".
Varias vezes imediatamente após a Ressurreição, Pedro é inquestionavelmente o líder dos apóstolos. Sua posição ficou ainda mais evidente quando ele indicou o substituto de Judas Iscariot e foi o primeiro a falar para as multidões que se juntaram após a descida do Espirito Santo no Pentecostes. Foi o primeiro apóstolo a fazer milagres em nome do Senhor e o primeiro a fazer julgamento após a decepção de Ananias e Sapphira. Pedro foi o instrumento para trazer o evangelho a todos. Batizando o pagão romano Cornélius, e dando no Consílho de Jerusalém o sua orientação para que a Nova Igreja convertesse a todos e se tornasse universal. Esta é a grande mensagem de Pedro: a igreja de Jesus é universal!
Preso pelo rei Herodes Agrippa , ele foi ajudado a escapar por um anjo.
Ele continuou os seu apostolado em Jerusalém e seus esforços missionários inclusive viagens á cidades pagãs como Antioch, Corinto, e eventualmente Roma. Ele fez referencia a Cidade Eterna na sua primeira Epístola (5:13) fazendo notar que ele estava escrevendo da Babilônia (nome dado a Roma pelos primeiros cristãos).
É certo que Pedro morreu em Roma e que seu martírio ocorreu no reinado do Imperador Nero, provavelmente em 64 DC. Testemunhos do seu martírio são extensos inclusive os de Origines, Eusébio da Cesárea, São Clemente de Roma e São Irineu. De acordo com a tradição Pedro foi crucificado de cabeça para baixo porque declarou não ter o mérito de ser morto da mesma maneira que o seu Mestre.
Ele teria sido sepultado em Roma na Colina onde é o hoje o Vaticano, e escavações sob a Basílica de São Pedro teriam encontrado sua tumba e suas relíquias estão debaixo do altar de São Pedro. Desde dos primeiros anos da Igreja, Pedro é reconhecido com o Príncipe dos Apóstolos e o Primeiro Sumo Pontífice. Assim teve uma posição de supremacia sobre toda a Igreja Católica. Enquanto a festa de São Pedro é celebrada no dia 29 de junho, ele também é honrado no dia 22 de fevereiro e no dia 18 de novembro.
No dia 22 de fevereiro se comemora a Cátedra de São Pedro porque no passado a Cátedra era lembrada na Antióquia no dia 22 de fevereiro e em Roma no dia 18 de janeiro. Mais tarde foi unificada no dia 22 de fevereiro. O dia 22 de fevereiro foi escolhido por que é a mesma data citada no livro "Dispositio martyrium ".No dia 18 de Novembro é comemorado a consagração da Basílica de São Pedro construída pelo Papa Silvestre em 314 DC.
Na arte litúrgica da Igreja, São Pedro é mostrado como um velho homem segurando uma chave e um livro. Seus símbolos são: uma cruz invertida, um barco (barco de Jesus)e um galo (tripla negação de Jesus).
Pesquisando um pouco mais sobre São Pedro verificamos que ele tinha uma esposa e que ele viveu em Cpharnaum, com a sua sogra (a sua esposa não é mencionada) na casa dela, (Mateus 8:14;Lucas 4:38) mais ou menos no início da pregação de Jesus nos anos 26-28 DC. Assim é de se supor que Pedro foi casado durante algum tempo.
De acordo com Clemente de Alexandria (Stromata III, vi) Pedro teve filhos. Clemente também escreveu que conforme a tradição a sua esposa teria sido também martirizada (ibid,VII,xi). Alguns autores acham que a Santa Aurélia Petronilla seria filha de São Pedro, mas para outros estudiosos ela seria uma servente, que trabalhava com São Pedro e era uma das várias convertidas por ele e, seria a sua "filha espiritual". Parece ter sido parente de Santa Domitilla e foi curada da paralisia por São Pedro. Eusébio, um dos maiores dos estudiosos da bíblia aceitou esses itens de Clemente (cf.Hist.Eccl.III,xxxi). O resto da literatura cristã é silenciosa a respeito da esposa de Pedro.
Sua festa é celebrada no dia 29 de junho.
Post-Scriptum 1:
ResponderEliminarOutra vez acendera um cigarro.
Outra vez à janela.
Outra vez pensara nela,
e na última prova.
Outra vez deglutira
a metade do forçoso comprimido.
A véspera fora festa rija:
Incendiava-se o dividido fuel.
O mundo tornava-se incomportável.
Como sair?
Se só restavam ilusórias seguranças.
Tais como janela, cigarro,
algum inesperado encontro,
água por filtros purificada,
ar ventando,
de ignorado lugarejo.
Donde infamemente renovava?
Respirar, agasalhar, vestir,
aguardar o alvorecer:
O instante idealizado:
Indiferença,
e não ter que pesar,
ao esclarecer soalheiro,
a silêncio,
brandura,
sentimento.
Despertar maravilhas;
olhares crescendo,
barba feita,
cara a dar;
pobreza, abandono,
recôndito provento;
fome,
divinização,
água;
pão,
vinho,
mudez.
Noite ante a janela,
lidas, rotinas,
paradoxalmente
até à liberdade:
Febre, suor frio,
esparguete, fim roído.
Beijos sumidos,
miudinha chuva
sobre a chapa do carro.
Até logo!
Barrenta
a rampa,
o convento,
a cerca,
terra semeada,
irmãzinhas afadigadas:
Tudo lento,
pleno,
da memória.
Evasão, ilusão,
perpetuar
o vasto sol do dia;
paisagens arruinadas,
por fogo batidas.
O deslizar da esferográfica
na completude,
a remar a vento agreste,
a ondas e marés,
estridentando luzes e sons.
Gola puxada à gabardina,
um nó à cintura,
e Celeste,
igual,
ante imprevisíveis emboscadas,
resina d’instantes.
A Leste do Paraíso…
Lembras?
O filme não,
o livro li há muito.
‘Jesus is a soul man!’
O mais violento e manso
dos humanos…
O coração vazio, a alegria.
Fugir até à cidade.
Que é apenas teu,
que, entre casa e rua,
não houvesses estragado?
Redizes Aleluia?
Teus beijos, colombina…
Sorrisos, reencontro…
Blue-jeans rafadas, sonido…
As flores alumiam;
engrinaldam-se trepadeiras;
pássaros cantam
o raiar da alegria quente.
Cresce
O Sinal!
Um Te inquiriu
se eras Rei.
Tu o disseste,
respondesTe,
a chaga Tua viva,
à Jerusalém Sem Fim.
Na evocação
mais firme
dO Teu Nome,
subo escadas;
e ouço: Nega-te! Ama!
Matar com sono obsessões.
‘Um silêncio,
com estrelas aparece,
pra lá da desolação…’
Um anjo desagrilhoou Pedro;
aspérrimo luzeiro fero
sacudindo-o o livrou.
Post-Scriptum 2:
ResponderEliminarO ondeante azul as aves sabem
porque vagueiam
para o cimeiro castelo,
onde uns teus cantares calam
na dorida alma mãe,
alento a pobres.
-
Trago-te flores neve,
num aconchegado ramalhete,
canídeo as enxerguei,
e as recolhi,
porque busquei
toda a noite
a clara aurora.
-
Nocturno torpor
a buganvília anula,
o florido jacarandá
maravilha da cor,
chega até à janela
com aves matutino rir.
-
Sanguíneo frio fio riscando a polpa da pêra;
viçoso serviço encomendado;
ígneas tumbas em infames catacumbas.
-
Mãe, dissesTe pra parar.
Repetidas vezes ouvi a linda voz que bem entendo.
Mas reincidi teimando.
Cale agora o sussurro rouco, a confusão,
a turva inquietação, logro meu.
Soe simples louvor a Teu Silêncio Imenso.
Obediente paciente amiga, perdoa.
Recomece, determinado, a aprender morrendo.
-
Mãe, pega-me ao colo.
Salva-me Tu os nulos dias.
Faz com que adormeça
o peso que aqui me tomba.
-
Um dia destes
pego na bagagem
ao ombro,
vou desandar
das tenebrosas barricadas,
afundar-me
p’lo ar esclarecido,
duma brandura
amiga escancarada,
nadar para o luar,
amar, pairar, fugir,
alçar daqui de mim.
-
Companheiro,
come pão
com tua mão.
Teu pão
é pão de irmão.
Come pão,
parte pão,
parte, reparte
com teu irmão.
Que pão
é pão de irmão:
Pão
é pão igual
para ti
e para irmão.
-
Antemanhã:
Pousa um bufo-real a meio metro de mim,
fita-me dum pranto fundo,
familiar há milénios luz pelas cercanias,
olha-me, e ameaça;
abertas a ele as portas do meu coração,
voa de dentro de meu peito forte
para a liberdade farpada do arame que nos fere;
nítido ainda o registo em foto flash,
a devorar-me os olhos morte
na noite prolongada.
-
Não se julgue que não é cão,
porque cão mesmo é,
ao nível do chão,
captado por seu Ochoa dono,
com zoom máximo e flash Sony,
ao nível mesmo mais são do pobre chão.
«Sai depressa cão deste poema…»
Mas cão não é nem nunca será macacão.
-
Simples palavras digam certas tal-qualmente
coisas a estudar sempre aí ante a tua livre mente.
Outras sonhadas palavras digam
com rigor fulgente.
-
Um dia
um saltimbanco
assaltou banco.
Sobe a um banco, e grita:
Isto é um assalto!
Chega GNR,
prende saltimbanco.
Nunca mais saltimbanco
assaltou banco
-
Prego no chão.
Pede rapagão.
No chão?
Inquire garçon.
Para meu cão.
Insiste rapagão.
(Com palavrão se entretém solidão de cão.)
Inscrições:
- Se amor com amor se paga, amar ante amor amante,
a ao amor amado devolver o amor, a o amor amar por toda a vida.
- Amar o grande mar; amar deveras verde mar; amar do amor maior
o mar maior.
- Deus Menino, conte à Mãezinha tudo, tintim por tintim.
- Há muitas flores no nome de Jesus, porque, se andamos longe, mais
perto estamos.
- Brando ser, pleno poema, breve, neve, leve, à tona de ar,
corre e vai, longe a paisagens onde para lá de vento e mar.
- Desperta, enche da flor em neve, vinho, pão meus olhos, minha terra.
- Melrinho fiel, que cedo me visitas, saltitando esvoaçante, a cantarolar
cantitos puros absolutos, sílabas dum chão empedrado e turvo
na antemanhã liberta das rosas; vou para filmar, e idealizo uns planos
picados para acompanhar-te a divagação magnífica, enquanto me deixas
por erva húmida, antes dum sol desconhecido.