quarta-feira, 12 de agosto de 2009

ORAGO: SÃO PEDRO

São Pedro
São Pedro também chamado Simão Pedro ou Cephas (a rocha) foi o primeiro Papa, foi o príncipe dos apóstolos e o fundador, junto com São Paulo da Santa Sé de Roma. Pedro era um nativo de Bethsaida, perto do lago Tiberias, era filho de João e trabalhava, como o seu irmão Santo André, como pescador no Lago Genesareth. André ( primeiro discípulo de Jesus) introduziu Pedro a Jesus e Jesus chamou Pedro para se tornar um de seus discípulos (Mt4:18-20 ;Mc1:16-18;Lc5:1-11 e Jo1:40-42).Em Lucas é recontada a história de que Pedro, capturando imensa quantidade de peixes, ajoelhou-se diante de Jesus e o Senhor lhe disse: "Não tenhas medo por que de agora em diante serás pescador de homens" (5:10). Jesus também deu a Simão um novo nome, Cephas ou Rocha ( daí Pedro, do grego Petros ou pedra). Tornando-se um discípulo de Jesus, Pedro o reconheceu com o "Messias, filho do Deus vivo e Jesus respondeu dizendo"......e tu és Pedro e sobre esta pedra (ou rocha–em grego) Eu construirei a minha igreja e te darei as chaves do reino do céu. Tudo que juntares na terra ficará juntado no céu; e tudo que deixares solto na terra ficará solto no céu."
Pedro sempre foi mencionado como o primeiro dos apóstolos em todas as passagens do Novo Testamento e um membro do circulo interno de Jesus com Tiago e João. Ele é mencionado, mais do que qualquer outro discípulo, e estava ao lado de Jesus na Transfiguração (Mt17;1-8) na cura da filha de Jairus, na agonia do Jardim das Oliveiras. Ele ajudou a organizar a Ultima Ceia e teve um papel relevante na Paixão. Quando o Mestre foi preso ele cortou com espada a orelha direita do escravo do Sumo Sacerdote Malchus.
Ele negou a Jesus três vezes, como havia predito Jesus, (Mt26:7.5) e depois chorou amargamente. Após a ressurreição, Pedro foi a tumba com outro discípulo (provavelmente João) logo após ter sido informado por uma das mulheres. A primeira aparição do Cristo Ressuscitado foi perante Pedro antes dos outros discípulos e quando o Senhor apareceu diante dos discípulos em Tiverias, deu a Pedro o famoso comando: " alimente meu rebanho ....cuide do meu rebanho....alimente o meu rebanho".
Varias vezes imediatamente após a Ressurreição, Pedro é inquestionavelmente o líder dos apóstolos. Sua posição ficou ainda mais evidente quando ele indicou o substituto de Judas Iscariot e foi o primeiro a falar para as multidões que se juntaram após a descida do Espirito Santo no Pentecostes. Foi o primeiro apóstolo a fazer milagres em nome do Senhor e o primeiro a fazer julgamento após a decepção de Ananias e Sapphira. Pedro foi o instrumento para trazer o evangelho a todos. Batizando o pagão romano Cornélius, e dando no Consílho de Jerusalém o sua orientação para que a Nova Igreja convertesse a todos e se tornasse universal. Esta é a grande mensagem de Pedro: a igreja de Jesus é universal!
Preso pelo rei Herodes Agrippa , ele foi ajudado a escapar por um anjo.
Ele continuou os seu apostolado em Jerusalém e seus esforços missionários inclusive viagens á cidades pagãs como Antioch, Corinto, e eventualmente Roma. Ele fez referencia a Cidade Eterna na sua primeira Epístola (5:13) fazendo notar que ele estava escrevendo da Babilônia (nome dado a Roma pelos primeiros cristãos).
É certo que Pedro morreu em Roma e que seu martírio ocorreu no reinado do Imperador Nero, provavelmente em 64 DC. Testemunhos do seu martírio são extensos inclusive os de Origines, Eusébio da Cesárea, São Clemente de Roma e São Irineu. De acordo com a tradição Pedro foi crucificado de cabeça para baixo porque declarou não ter o mérito de ser morto da mesma maneira que o seu Mestre.
Ele teria sido sepultado em Roma na Colina onde é o hoje o Vaticano, e escavações sob a Basílica de São Pedro teriam encontrado sua tumba e suas relíquias estão debaixo do altar de São Pedro. Desde dos primeiros anos da Igreja, Pedro é reconhecido com o Príncipe dos Apóstolos e o Primeiro Sumo Pontífice. Assim teve uma posição de supremacia sobre toda a Igreja Católica. Enquanto a festa de São Pedro é celebrada no dia 29 de junho, ele também é honrado no dia 22 de fevereiro e no dia 18 de novembro.
No dia 22 de fevereiro se comemora a Cátedra de São Pedro porque no passado a Cátedra era lembrada na Antióquia no dia 22 de fevereiro e em Roma no dia 18 de janeiro. Mais tarde foi unificada no dia 22 de fevereiro. O dia 22 de fevereiro foi escolhido por que é a mesma data citada no livro "Dispositio martyrium ".No dia 18 de Novembro é comemorado a consagração da Basílica de São Pedro construída pelo Papa Silvestre em 314 DC.
Na arte litúrgica da Igreja, São Pedro é mostrado como um velho homem segurando uma chave e um livro. Seus símbolos são: uma cruz invertida, um barco (barco de Jesus)e um galo (tripla negação de Jesus).
Pesquisando um pouco mais sobre São Pedro verificamos que ele tinha uma esposa e que ele viveu em Cpharnaum, com a sua sogra (a sua esposa não é mencionada) na casa dela, (Mateus 8:14;Lucas 4:38) mais ou menos no início da pregação de Jesus nos anos 26-28 DC. Assim é de se supor que Pedro foi casado durante algum tempo.
De acordo com Clemente de Alexandria (Stromata III, vi) Pedro teve filhos. Clemente também escreveu que conforme a tradição a sua esposa teria sido também martirizada (ibid,VII,xi). Alguns autores acham que a Santa Aurélia Petronilla seria filha de São Pedro, mas para outros estudiosos ela seria uma servente, que trabalhava com São Pedro e era uma das várias convertidas por ele e, seria a sua "filha espiritual". Parece ter sido parente de Santa Domitilla e foi curada da paralisia por São Pedro. Eusébio, um dos maiores dos estudiosos da bíblia aceitou esses itens de Clemente (cf.Hist.Eccl.III,xxxi). O resto da literatura cristã é silenciosa a respeito da esposa de Pedro.
Sua festa é celebrada no dia 29 de junho.

2 comentários:

  1. Post-Scriptum 1:
    Outra vez acendera um cigarro.
    Outra vez à janela.
    Outra vez pensara nela,
    e na última prova.
    Outra vez deglutira
    a metade do forçoso comprimido.
    A véspera fora festa rija:
    Incendiava-se o dividido fuel.
    O mundo tornava-se incomportável.
    Como sair?
    Se só restavam ilusórias seguranças.
    Tais como janela, cigarro,
    algum inesperado encontro,
    água por filtros purificada,
    ar ventando,
    de ignorado lugarejo.
    Donde infamemente renovava?
    Respirar, agasalhar, vestir,
    aguardar o alvorecer:
    O instante idealizado:
    Indiferença,
    e não ter que pesar,
    ao esclarecer soalheiro,
    a silêncio,
    brandura,
    sentimento.
    Despertar maravilhas;
    olhares crescendo,
    barba feita,
    cara a dar;
    pobreza, abandono,
    recôndito provento;
    fome,
    divinização,
    água;
    pão,
    vinho,
    mudez.
    Noite ante a janela,
    lidas, rotinas,
    paradoxalmente
    até à liberdade:
    Febre, suor frio,
    esparguete, fim roído.
    Beijos sumidos,
    miudinha chuva
    sobre a chapa do carro.
    Até logo!
    Barrenta
    a rampa,
    o convento,
    a cerca,
    terra semeada,
    irmãzinhas afadigadas:
    Tudo lento,
    pleno,
    da memória.
    Evasão, ilusão,
    perpetuar
    o vasto sol do dia;
    paisagens arruinadas,
    por fogo batidas.
    O deslizar da esferográfica
    na completude,
    a remar a vento agreste,
    a ondas e marés,
    estridentando luzes e sons.
    Gola puxada à gabardina,
    um nó à cintura,
    e Celeste,
    igual,
    ante imprevisíveis emboscadas,
    resina d’instantes.
    A Leste do Paraíso…
    Lembras?
    O filme não,
    o livro li há muito.
    ‘Jesus is a soul man!’
    O mais violento e manso
    dos humanos…
    O coração vazio, a alegria.
    Fugir até à cidade.
    Que é apenas teu,
    que, entre casa e rua,
    não houvesses estragado?
    Redizes Aleluia?
    Teus beijos, colombina…
    Sorrisos, reencontro…
    Blue-jeans rafadas, sonido…
    As flores alumiam;
    engrinaldam-se trepadeiras;
    pássaros cantam
    o raiar da alegria quente.
    Cresce
    O Sinal!
    Um Te inquiriu
    se eras Rei.
    Tu o disseste,
    respondesTe,
    a chaga Tua viva,
    à Jerusalém Sem Fim.
    Na evocação
    mais firme
    dO Teu Nome,
    subo escadas;
    e ouço: Nega-te! Ama!
    Matar com sono obsessões.
    ‘Um silêncio,
    com estrelas aparece,
    pra lá da desolação…’
    Um anjo desagrilhoou Pedro;
    aspérrimo luzeiro fero
    sacudindo-o o livrou.

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  2. Post-Scriptum 2:
    O ondeante azul as aves sabem
    porque vagueiam
    para o cimeiro castelo,
    onde uns teus cantares calam
    na dorida alma mãe,
    alento a pobres.
    -
    Trago-te flores neve,
    num aconchegado ramalhete,
    canídeo as enxerguei,
    e as recolhi,
    porque busquei
    toda a noite
    a clara aurora.
    -
    Nocturno torpor
    a buganvília anula,
    o florido jacarandá
    maravilha da cor,
    chega até à janela
    com aves matutino rir.
    -
    Sanguíneo frio fio riscando a polpa da pêra;
    viçoso serviço encomendado;
    ígneas tumbas em infames catacumbas.
    -
    Mãe, dissesTe pra parar.
    Repetidas vezes ouvi a linda voz que bem entendo.
    Mas reincidi teimando.
    Cale agora o sussurro rouco, a confusão,
    a turva inquietação, logro meu.
    Soe simples louvor a Teu Silêncio Imenso.
    Obediente paciente amiga, perdoa.
    Recomece, determinado, a aprender morrendo.
    -
    Mãe, pega-me ao colo.
    Salva-me Tu os nulos dias.
    Faz com que adormeça
    o peso que aqui me tomba.
    -
    Um dia destes
    pego na bagagem
    ao ombro,
    vou desandar
    das tenebrosas barricadas,
    afundar-me
    p’lo ar esclarecido,
    duma brandura
    amiga escancarada,
    nadar para o luar,
    amar, pairar, fugir,
    alçar daqui de mim.
    -
    Companheiro,
    come pão
    com tua mão.
    Teu pão
    é pão de irmão.
    Come pão,
    parte pão,
    parte, reparte
    com teu irmão.
    Que pão
    é pão de irmão:
    Pão
    é pão igual
    para ti
    e para irmão.
    -
    Antemanhã:
    Pousa um bufo-real a meio metro de mim,
    fita-me dum pranto fundo,
    familiar há milénios luz pelas cercanias,
    olha-me, e ameaça;
    abertas a ele as portas do meu coração,
    voa de dentro de meu peito forte
    para a liberdade farpada do arame que nos fere;
    nítido ainda o registo em foto flash,
    a devorar-me os olhos morte
    na noite prolongada.
    -
    Não se julgue que não é cão,
    porque cão mesmo é,
    ao nível do chão,
    captado por seu Ochoa dono,
    com zoom máximo e flash Sony,
    ao nível mesmo mais são do pobre chão.
    «Sai depressa cão deste poema…»
    Mas cão não é nem nunca será macacão.
    -
    Simples palavras digam certas tal-qualmente
    coisas a estudar sempre aí ante a tua livre mente.
    Outras sonhadas palavras digam
    com rigor fulgente.
    -
    Um dia
    um saltimbanco
    assaltou banco.
    Sobe a um banco, e grita:
    Isto é um assalto!
    Chega GNR,
    prende saltimbanco.
    Nunca mais saltimbanco
    assaltou banco
    -
    Prego no chão.
    Pede rapagão.
    No chão?
    Inquire garçon.
    Para meu cão.
    Insiste rapagão.
    (Com palavrão se entretém solidão de cão.)
    Inscrições:
    - Se amor com amor se paga, amar ante amor amante,
    a ao amor amado devolver o amor, a o amor amar por toda a vida.
    - Amar o grande mar; amar deveras verde mar; amar do amor maior
    o mar maior.
    - Deus Menino, conte à Mãezinha tudo, tintim por tintim.
    - Há muitas flores no nome de Jesus, porque, se andamos longe, mais
    perto estamos.
    - Brando ser, pleno poema, breve, neve, leve, à tona de ar,
    corre e vai, longe a paisagens onde para lá de vento e mar.
    - Desperta, enche da flor em neve, vinho, pão meus olhos, minha terra.
    - Melrinho fiel, que cedo me visitas, saltitando esvoaçante, a cantarolar
    cantitos puros absolutos, sílabas dum chão empedrado e turvo
    na antemanhã liberta das rosas; vou para filmar, e idealizo uns planos
    picados para acompanhar-te a divagação magnífica, enquanto me deixas
    por erva húmida, antes dum sol desconhecido.

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